sábado, 16 de abril de 2011

Último discurso de Martin Luther




(1929-1968)
Freqüentemente imagino que todos nós pensamos no dia em que seremos vitimados por aquilo que é o denominador comum e
derradeiro da vida, essa alguma coisa que chamamos de morte.

Freqüentemente penso em minha
própria morte e em meu funeral, mas não num sentido angustiante.

Freqüentemente pergunto a mim
mesmo que é que eu gostaria que fosse dito. Então deixo aqui com vocês a resposta.

Se vocês
estiverem ao meu lado, quando eu encontrar o meu dia, lembrem-se que eu não quero um longo funeral.

Se
vocês conseguirem alguém para fazer a oração fúnebre, digam-lhe para
não falar muito, para não mencionar que eu tenho trezentos prêmios
(isso não é importante), para não dizer o lugar onde estudei.

Eu
gostaria que alguém mencionasse
aquele dia em que eu tentei dar minha vida ao serviço dos outros, eu
tentei amar alguém, eu tentei visitar os que estavam na prisão, eu
tentei vestir
um mendigo, eu tentei amar e servir a humanidade.

Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui
um arauto, arauto da justiça, arauto da paz, arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não têm importância.

Não quero deixar atrás nenhum dinheiro, coisas finas e luxuosas.

Só quero deixar atrás uma vida de dedicação.

E
isto é tudo o que eu tenho a dizer: SE EU
PUDER ajudar alguém a seguir adiante, animar alguém com uma canção,
mostrar a alguém o caminho certo, cumprir o meu dever de cristão, levar a
salvação
para alguém, divulgar a mensagem que o Senhor deixou, então MINHA VIDA
NÃO TERÁ SIDO EM VÃO.

(Martin Luther King era pastor americano e morreu baleado por lutar contra o racismo nos
EUA.)

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