quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A CRUELDADE DA VIDA?

A fé, a arte, a recusa do materialismo e as nossas atitudes mentais, são formas de suportar e ultrapassar a crueldade do mundo e de se ser feliz.


O ser humano está entregue à crueldade do mundo. Daí a necessidade de um compromisso, que se obtém mobilizando o mito para encontrar os confortos sobrenaturais, mobilizando o imaginário para nele abrigar a alma e mobilizando a estética e a poesia para viver plenamente a realidade.

A fé religiosa, tal como a fé numa ideia, é uma força profunda que ajuda a suportar e a combater a crueldade do mundo.

Aqueles que fruem a ocasião e o momento e vivem de acordo com o curso da natureza, não são afectados pela tristeza ou pela alegria. É o que os antigos chamam libertação da sujeição.

Os que estão ligados às coisas materiais não podem libertar-se a si próprios.

Todo o homem que pensa que é insuficiente o que tem, é um homem infeliz ainda que seja o dono do mundo inteiro.

As perturbações derivam de opiniões e juízos insensatos.

É feliz o sábio que com moderação e firmeza está tranquilo e em harmonia consigo mesmo, não se consumindo com os males, futilidades e entusiasmos, nem se enervando por medo, nem ardendo de desejos e de cobiça.


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